A cultura do cancelamento tomou forma nas redes sociais com o objetivo de, como diz a própria expressão, cancelar personificações, atitudes, comportamentos de pessoas, instituições e marcas.
Na prática, o cancelado é excluído da sociedade (principalmente a virtual) por uma pessoa ou grupo por determinada ação, sem direito de resposta ou mesmo explicações sobre o que levou ao ocorrido.
Outro ponto que esse tema nos leva é compreender o “pensar diferente” e não quer dizer que está liberado ser preconceituoso, que é totalmente diferente do assunto deste texto.
O ser humano é individual, cada qual com suas ideologias e saber disso nos faz refletir no quão prejudicial pode ser a cultura do cancelamento na vida e saúde mental do próximo, pois sabe-se que atrás da outra tela tem um indivíduo como você.
O “cancelamento” pode colocar em risco a saúde mental da pessoa cancelada, principalmente se esta estiver fragilizada por algum motivo. Os principais sintomas psíquicos observados nesses casos são: ansiedade, tristeza, sensação de menos valia e fracasso, solidão e confusão mental.
E se existe o “cancelado”, na outra ponta há os “canceladores” e nesse “Tribunal da Internet”, podemos encontrar pessoas que funcionam para destilar o seu ódio, invalidando a opinião ou o trabalho de outras pessoas e fazendo ataques maciço ao “cancelado”. E assim, os “odiadores de plantão” vão se juntando e aumentando o poder de destrutividade na internet.
A “cultura do cancelamento” pode apontar deslizes das celebridades (ou não) e traz a possibilidade de discutir temas importantes para a sociedade, como racismo, homofobia, machismo e xenofobia. Entretanto, se tem visto que o “cancelamento” vai além da exclusão virtual, ultrapassa a empatia e a sensatez que nos é necessário para abordar, discutir e fazer reflexões sobre assuntos importantes.
Dessa forma, o ódio propagado na internet pode adoecer as pessoas atacadas. Devemos lembrar que os “odiadores de plantão” já estão doentes há muito tempo e da mesma forma que os “cancelados” muitas vezes precisam de tratamento psicológico e psiquiátrico, os “canceladores” também necessitam de acompanhamento especializado.
E como você usa as redes sociais? Você está ou já esteve em alguma das pontas?
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