Muitas pessoas acham desnecessária tantas siglas para designar essa coletividade. Será?
O movimento Orgulho LGBTQIA+, como muitos sabem, nasceu em 1969 em Nova York, depois que as forças policiais invadiram um bar de frequentado e famoso pela comunidade e esse grupo reagiu à essa ação. O final de semana que se seguiu foi de diversos motins e protestos.
As siglas GLS era utilizada em meados dos anos 90 que incluía Gays, Lésbicas e Simpatizantes. Sendo assim, os bissexuais e os transsexuais e tantos outros não estavam representados de forma concreta, sendo incluídos pelo S (simpatizantes).
Com o passar do tempo, incluir o gênero e a sexualidade das pessoas se fez necessário e por motivos óbvios, a sigla se expandiu para LGBTQIA+, tornando-se mais complexa a compreensão para quem não faz parte dessa coletividade, pois gênero e sexualidade tratam de coisas diferentes.
O gênero, resumidamente, é um agrupamento de indivíduos ou objetos que possuem características em comum. Assim, identidade de gênero diz respeito de como a pessoa se sente em relação ao seu próprio gênero. E não tem a ver com o órgão sexual, mas como ela se enxerga e se identifica. E a sigla T, trata-se de gênero e estamos falando dos transsexuais, travestis, transgêneros e de outras pessoas representadas.
Na tentativa de simplificar e trazer conhecimento aos nossos leitores nesse texto pedagógico, pois é só com informações que desconstruímos o preconceito, esperamos que todos que se interessam pelo tema compreendam as siglas e a importância desta:
L = Lésbicas;
G = Gays;
B = Bissexual;
T: Transsexuais, travestis, transgêneros;
Queer: em princípio, não se identificam com os padrões. E estão em busca de definir a sua orientação sexual;
Intersexual: pessoas que nascem com uma genitália que não corresponde com o seu aparelho reprodutivo;
Assexual: indivíduos que não sentem desejo de exercer a sua sexualidade;
+: demissexual, pansexual, intrassexual e todos que se sentem representados.
Resumidamente, descrevemos a sigla LGBTQIA+ e tudo que ela representa. Na tentativa de incluir todos dessa coletividade, o + tem esse sentido de incluir todos os gêneros.
A sexualidade humana é algo complexo, pois o corpo físico não define gênero e tampouco a sexualidade das pessoas. Abrir espaço de discussão na sociedade sobre esse tema é uma forma de acolher todas as pessoas e garantir seus direitos.
Texto: Elisângela Siqueira – psicóloga, psicanalista e idealizadora do projeto A Psicanalista Online
Crédito das imagens: Pixabay
Leia também o texto com a história do movimento LGBTQIA+ clicando aqui